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sábado, setembro 08, 2012

Crítica da resenha de Edivaldo Gomes - O retrato de Dorian Gray

"Influenciar uma pessoa é emprestar-lhe a nossa alma. Essa pessoa deixa de ter ideias próprias, de vibrar com as suas paixões naturais. As suas qualidades não são verdadeiras. Os seus pecados, se é que existe o que se chama de pecado, vêm-lhe de outrem. Essa pessoa torna-se o eco da música de outra pessoa, intérprete de um papel que não foi escrito para ela. A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade."
Resenha: Edivaldo Gomes
Blog: Todas as coisas do meu mundo

Tudo o que mencionaste sobre o livro esta 100% correto, conseguiu demonstrar o que o livro lhe trouxe e mostrar para nós curiosos o que entendeste, mas ao criticar severamente o filme, foi imprudente por não considerar diversas cenas do filme mostrando o que tu disseste "infame" por parte dele. Faço crítica de filmes desde 2011, e o que tu citou:
"Porém muito do texto original da obra foi alterado, e recorreu a temáticas desnecessárias; sangue, orgias, sangue, Dorian morto em um incêndio, sangue, enfim distorceu a obra original."
Logicamente o texto foi alterado, porém, movido para o que o público se interessava e também despertar curiosidades para leva-los até o livro (pelo menos para alguns). Quatro fatores foram bem modificados e essenciais de suas mudanças.

1- O Suicídio de sua amada, no livro, Dorian se decepciona com sua atuação (o que tu mencionou) e logo cai nos prazeres do adultério, o que quando ela descobre choca seu coração causando a morte, no filme Dorian foi totalmente influenciado por Lord Henry, que achava imprudente amar uma mulher tendo tal mocidade, e pior, Eterna!

2- A vingança do irmão de Sibyl, no livro achei um aspecto bem mais real, embora tenha a mesma cena dá quase execução (idêntica no filme) a morte dele foi uma ocasião acidental, porém real. No filme ele foi destinado a nós telespectadores pois todos queriam ver a cena que "ele vai matar Dorian!", sendo também que no filme só é focado em Dorian, Basil e Lord Henry.

3- As Orgias, no livro, ele é pouco dito, porém á uma passagem quando ele começa a viajar a fora á procura de novas aventuras ou curiosidades *sendo erótico ou um pouco de culturas romanas* e no final quando se decepciona de não haver mais motivos para viver com a agonia de viver, resolvendo em "poderei ser livre sem o retrato, pois ele irá embora junto com tudo de mal que fiz", O Filme realmente quis mostrar esta parte, pois a verdade era o que atrairia muita curiosidade para o público á conferir tais aventuras no livro, pois as orgias realmente aconteceram, Dorian queria aproveitar e desfrutar de todo o prazer possível, o homoerotismo é tanto como Basil como as orgias, ambos fazem parte disto. Creio que no livro *mesmo Dorian não tendo relações com Basil* acho que só foi considerado ele como homoerotismo pelo fato de admirar e elogiar sempre a beleza de Dorian, mesmo quando descobriu de suas atrocidades, ter influenciado outros homens com seus pensamentos idênticos de Lord Henry, sempre o defendia (isso no livro ocorre antes da morte de Basil, quando ele decide finalmente mostrar seu quadro pelo fato de Basil ficar se perguntando pelos atos de Dorian).

4- O Brilhante final, no filme ele possui aquelas cenas clássicas com um ótimo suspense desde o primeiro ato egocêntrico de Dorian que faz sair uma espécie de larva do quadro, desde isto pode se dizer "irá ser revelado no final do filme" e realmente foi, pois este é o clássico suspense dos cinemas, para acontecer aquilo eles criaram a tal filha de Lord Henry, para ter motivos dele finalizar o que criou, pois no filme Lord Henry é quem cria e estimula Dorian, ele quem criou a maldição e o influenciou, no livro ele somente influencia, dando a ele a oportunidade que sempre quis. O Final do livro eu me arrepiei, me chocou totalmente, fiquei com medo hehe, foi um brilhante final, muito mais real que no filme, acho que se utilizassem o mesmo final, traria medo aos telespectadores e iria trazer mais curiosos a comprar o livro clássico *eu li o clássico, não li esta nova versão que sua resenha é destinada ela devido a foto que tu postara*

Resumindo: O Livro cria as imagens de Dorian, demonstrando todas suas aventuras com a total influência de Lord Henry, tendo a decepção com o primeiro amor com as novas orgias que se destinam após o suicídio de Sibyl, acarretando uma vida de prazeres e loucuras como passar noites olhando o quadro só para usufruir da face horrenda, depois de perder sua paciência a guardar o segredo envolvendo logo a morte de Basil, acredita se tornar livre daquela maldição destruindo o quadro, o qual seus criados após um som agonizante e luzes de seu quarto, encontram Dorian deitado sobre o chão cuja face foi alterada conforme antes era o quadro. O filme foi uma tentativa de demonstrar as influências de Lord Henry e suas aventuras eróticas, suas decisões erradas são pouco vistas mas compatíveis á sua decisão final e pelo Lord Henry telo praticamente "criado desde criança" acabara destruindo "aquele monstro que trocara a alma pela mocidade eterna".

Ambos devem ser vistos e lidos, Oscar Wilde é concerteza um gênio literário.

Quem ainda não leu minha crítica do filme, sinta-se a vontade, Clique aqui

Crítica por: Gustavo

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Autor: Gustavo Padilha
Crítico, escritor, ultra-romântico, poeta. Embora o blog não seja nada sobre literatura, procuro não deixar os velhos costumes de lado. Posto notícias de jogos desde 2010 e críticas 2011, futuramente talvez escrever resenhas de livros ou recomendações.

Um comentário:

  1. A magnitiude da diversidade das opiniões... adoro isso... adoro várias visões sobre a mesma coisa!!!
    Obrigada por visitar meu blog e utilizar um texto como referência para um post!

    Beijos
    Chrys
    Blog Todas as coisas do meu mundo

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