Crítica do Livro Lâmina Cega - Luís Dill
"Talvez tudo tenha ocorrido porque não dormi direito. Ou porque estava escrito. Ou porque a maldade nasceu em mim. Ou porque eu apenas estava lá. Ou simplesmente porque espero a punição."
A loucura da vida monótona que se consiste todos os dias na fria solidão das chuvas, que incendeia as ruas de depressão. As notícias atuais consistentes dos crimes mais dolorosos e absurdos combinados com o real capitalismo trás a cada pessoa, o desespero interno.
"Todos os dias.De domingo a domingo.De janeiro a janeiro.Não pode ser diferente hoje."

Nem os antigos costumes gauchescos possuem um escudo defensor dos maus hábitos e culturas exteriores (nacional ou internacional), revelando a verdade por trás das máscaras de cada pessoa.
Luís Dill conseguiu em poucas páginas dar fortes exemplos desta sociedade e detalhes de cada passagem da personagem. Embora pouca, o suficiente para cada um entender. A estrutura pode ser um pouco confusa para quem não saiba distinguir a mentalidade com as falas, já que toda ação de Carlos é situada toda sua reação monótona frente as situações que são ocorridas.
Conclusão: Embora o passado de Carlos não seja comentado, Luís Dill passa ao leitor o choque da realidade contemporânea de que todas as populações brasileiras podem ser atingidas pelos maus costumes, mesmo um estado ou cidade com uma antiga e forte cultura, são atingidos pela liberdade capitalista e sexual que é visto hoje em dia.
Crítica por: Gustavo
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